José Eduardo de Melo Mafra Machado e Fafi.

Marshall Mcluhan, profetizou que viveríamos numa aldeia global e Andy Warhol prenunciou os 5′ de glória a que cada um de nós teríamos direito diante das câmeras de televisão; José Mafra está globalizado pelo menos graças ao C.R.E. M. Covas e ao meu blog!

E o que tem de ver o Fafi com tudo isso?

Muito simples: no depoimento de 5′ do José Mafra, encontramos uma grande ternura quase filial, que o nosso ex colega derrama sobre o Fafi, pois como o mestre, ele também formou-se em física.

Oswaldo Laurindo -o famoso Fafi- desembarcou de Botucatu na década de 60 e trouxe nas mãos aquela “pasta” preta enorme onde cochilavam as ciências exatas esperando que ele “lhes desse uma mãozinha”… 

E como conta o Mafra, dali de dentro ele tirava tudo e mais um pouco, como um  prestidigitador que pega o coelho pelas orelhas, do interior de uma cartola apertada .

Um mágico diferente, que quando não encontrava as palavras, gaguejava, e ensinando nos divertia com sua “fa-física ” e a sua “mat-mamatica”.

Para os ginasianos vieram as primeiras noções de álgebra e, como se queria demonstrar, a resolução das equações.

Os que frequentavam o Científico e mesmo o Curso Normal, aprenderam física com ele, agora fazendo a distinção entre Física e Educação Física!

No Normal, além das noções simples de ponto, espaço, tragetória, aceleração, inércia, eram colocados problemas para que calculássemos a altura dos corpos através do tamanho da sua sombra, quebra cabeças envolvendo roldanas e uma infinidade de conceitos que um dia deveríamos traduzir em miudos para as crianças.

As mocinhas normalistas de boas famílias aprenderam a diferença entre mistura química e física e dali para frente cozinharam bolos com conhecimento de causa!

O Fafi despertou vocações como fora o caso da Neide Solitto(ver a primeira crônica desta semana) e ajudou muita gente a entrar na Poli, no ITA e nas melhores faculdades de Engenharia de São Paulo, logo do Brasil, sem depois precisar quimicamente virar suco.

Não foi somente isso; além de paternal com os alunos, foi bom pai com os filhos, sabendo bem orientá-los; a sua menina Valdelice, que devia ser de 1953 ou 1954, recebeu o prêmio no fim do ginasial e depois do Científico, como a Melhor aluna do ano do IECC, com praticamente dez em tudo; depois formou-se em Medicina, provavelmente com o mesmo trabalho fornecido.

Com Fafi não era sopa, mas também não era suco!

Wilma(28-10-2010)

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9 respostas para José Eduardo de Melo Mafra Machado e Fafi.

  1. Thereza Christina Nunes Ribeiro de Siqueira disse:

    Bom dia ,Wilma
    Entrei no IECC em 1957 e sai em 1971, portanto, passei 14 anos da minha vida nessa maravilhosa escola. Fiquei muito feliz em tomar conhecimento do seu blog, tenho muitas fotos que brevemente passarei para você. Fui colega de sala da Valdenice, filha do prof. Fafi e se não me engano o sobrenome dele é “Laurindo” e não Loureiro, espero que outros colegas possam confirmar ou não essa minha lembrança. Voltarei a entrar em contato, pois tenho muito material para colaborar com o blog. Um grande abraço!

    Thereza Christina

    • Obrigada pelas informações, Thereza; aproveitei-as para corrigir os errinhos do texto.
      Pelo visto você também foi colega da filha da diretora mais severa do Instituto de Educação, Yolanda Marcucci.
      Quanto às fotos, envie-as rapidamente porque o livro vai sair dia 22 de novembro e terei que discutir sobre as fotos na primeira semana do mes.
      Você deve saber que vivo na França e ficaria mais leve para mim de operar a seleção daqui.
      Se você desejar escrever alguma crônica para o blog, terei satisfaçéao em publicar o seu texto e também as fotos.
      Um abraço, wilma

    • Theresa; respondi para vc no blog! Poderia mandar-me o seu e-mail descodado e o seu n de telefone? para eu ir informando as pessoas das coisas que pretendo fazer qdo chegar em SP. Ah! por favor divulgue o meu blog; abrs, wilma

  2. Vera Lucia Rosito Pivotto (Vera Lucia Roslindo Rosito) disse:

    Realmente, o sobrenome do professor é Laurindo.Eu me lembro muito bem dele.Quando nós o convidamos para paraninfo da nossa turma ele ficou muito orgulhoso.Demos a ele, como lembrança, uma caneta com uma gravação onde assimanos ” TR” (Turma Ruim) pois assim ele carinhosamente nos chamava.
    Certa vez, ao fazer uma demonstração de um teorema no quadro negro ele,todo orgulhoso,escreveu “cqd ” dizendo com ar de sorriso (um tanto cínico…) “como queria demonstrar “.Nós ,então, respondemos em coro “CARAMBA!QUE DIFÍCIL!!!”.Ele riu muito e a partir, daí nossa turma passou a ser a “Turma Ruim”.
    Como é bom recordar!!!

  3. Marisa de campos Castro Marins disse:

    Wilma
    Eu não sabia que o Fafi era de Botucatu.Quem diria que depois de ser sua aluna eu viria morar em sua terra Natal? O seu blog é o máximo!
    Bjs
    Marisa

  4. marco antonio soares sharp disse:

    eu era conhecido pelo meu sobrenome Sharp
    e tenho o orgulho de ter participado durante a fase mais inesquecivel da minha vida do
    IECC, quanta saudades .
    se pudesse escolher uma nova vida pediria para ter a minha turma do Caetano de novo.
    parabens pelo seu trabalho e gostaria de ter mais noticias.

    grande abraço
    Sharp

    • Sharp,
      Meu irmão lembra-se perfeitamente das partidas de futebol da sua banda, com Jéthero e Miura na ala dos garotos do colegial.
      Para me atiçar, ainda falou de um encontro do qual não fui informada, quando o seu goleiro foi vestido com o blusão do IECC comprado na loja Ao Esporte Tupã!
      Perdi a ocasião de conhecer um sharp-eyed!
      Para quando um novo encontro?
      Abraços, wilma.

  5. sergio bomfim disse:

    eu lembro que os sãopaulinos tinham tratamento especial dado por ele..

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