Queridos leitores:
Tivemos a caetanista Lygia Fagundes Telles, autora de As quatro meninas e, mais tarde Leilah Assumpção com a peça de teatro Fala baixo, senão eu grito, ambas escritoras paulistas.
Parece-me que o “pensionato para moças” tenha sido um tema importante relatando o nosso micro-universo onde autoras brasileiras podiam enfocar os males da sociedade em certos momentos históricos e histéricos …
Eis que o jornal OESP não cessa de publicar anúncios para pensionatos de moças recebendo as jovens do interior que quisessem viver longe de suas famílias, em São Paulo, sob a vigilância austera de senhoras brasileiras ou estrangeiras, que além do abrigo lhe ofereciam une mise à niveau, para que elas pudessem fazer os exames de admissão à Escola Normal com toda serenidade.
As mal frequentadas ruas de hoje, eram os melhores endereços de ontem: Aurora, Arouche, etc…
Fora de ordem, seguem algumas bagatelas do jornal OESP para quze vocês o confirmem:
Aos 19/03/1903 encontramos apenas informações administrativas da secretaria da escola e muitas vezes o mesmo anúncio da escola particular e pensionato para moças da Rua Aurora, 7O, propondo vagas para aquelas do interior que pretendam ingressar na Escola Normal da Praça.
Oscar Thompson recebeu das normalistas o ofício que lhe confirá como presente o quadro de formatura da escola.
Outras bagatelas anteriores:
4 de agosto
O servente da Escola Normal, sr. Augusto Vasques, foi transferido para o Jardim da Infância em virtude do falecimento do sr. João Pedro Bittencourt.
Essas notas são importantes pelos nomes veiculados, sempre a serem usados como fonte de pesquisa.