Naqueles idos de 1967, o substantivo “esfôrço” era acentuado para se diferenciar de “esforço”, conjugação do verbo esforçar-se na primeira pessoa do presente do Indicativo; o mesmo acontecia com “professôres”, “modêlo” e outras daquelas palavras…
Em São Paulo, de lá para cá, muita água rolou e, nem a Educação, os seus professores e suas escolas reafirmaram-se mais como “modelo”.
Ao contrário, apesar de no âmbito do Ensino público muitos “figurões” falarem no “esforço” ao plural, foram eles quem exterminaram as Escolas Normais; em compensação prédios foram construídos para servirem de escolas, professores mais ou menos formados ocuparam as salas de aula e muitas crianças aprenderam, bem ou mal, a ler, a escrever e a contar.
O Jornal Nosso Esforço do primeiro semestre de 1967, relata a História da Escola Normal desde os seus primórdios no Brasil e, depois em São Paulo.
Vejam qual foi o tímido percurso da Escola Normal paulista antes que os republicanos a desenvolvessem com a finalidade de erradicar a ignorância em nosso Estado e com o intuito de formar os futuros cidadãos que comandariam o país.
Coube ao governo provincial paulista de Prudente de Moraes a tarefa de nomear indivíduos capazes de criar os programas mais modernos para a Escola Normal, de deslocalizá-la para a Praça da República em edifício adaptado às suas vocações, de buscar gente de fibra intelectual e moral para dirigir a entidade, os melhores professores dentro e fora de São Paulo para ali ministrarem as aulas, de criar a Escola Modelo anexa, o Jardim de Infância e outros cursos que vocês poderão descobrir, lendo o nosso jornalzinho.
No que diz respeito à nossa escola, a mais importante do Estado, e que teve muitas denominações até ser chamada de Instituto de Educação Caetano de Campos, podemos notar que os seus momentos de glória foram pouco a pouco se apagando e que nos anos 60 instalou-se-lhe a decadência, aprimorada à mediocridade dos seus derradeiros anos de existência.