30/08/1916(OESP)
(resumo)
O sr.dr. Carneiro Leão, realizou uma conferência denominada “Educação Nacional” sobre educação , ensino e patriotismo no Salão do Jardim da Infância. O resumo de sua intervenção é constituído por duas coluna e meia.
1°/09/1916(OESP)
Notícias Diversas
Leituras e Conferências(resumo)
Dada a 3a e última conferência do professor Carneiro Leão no Salão do Jardim da infância da ENC: « Processos de Educação Moral » – uma leitura” além de uma conferência do sr. Lourenço Correia.
Estiveram presentes: Altino Arantes, (presidente do Estado), Oscar Rodrigues Alves(Secretário do Interior); João Chrysostomo(Diretor da Instrução Pública) , Oscar Thompson e muitos outros professores.
O tema girou em torno da preocupação pela Educação Moral tanto entre leigos como não leigos.
Há mais de três colunas publicadas com o assunto abordado.
Antônio Carneiro Leão
(1887 – 1966)
Educador, professor, administrador e ensaísta brasileiro nascido em Recife, Estado de Pernambuco, imortal da Academia Brasileira de Letras (1944) e promotor da reforma do ensino em Pernambuco, inovando nos métodos pedagógicos e tornado a instrução pública daquele estado uma das mais modernas do país. Filho de Antônio Carlos Carneiro Leão e Elvira Cavalcanti de Arruda Câmara Carneiro Leão, tornou-se bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife (1911) dedicou-se ao magistério universitário, tornado-se professor de Filosofia na Universidade do Recife, no mesmo ano de conclusão do seu curso superior. Mudou-se para o Rio de Janeiro (1914), continuando na área da educação, e foi nomeado diretor geral da Instrução Pública no Rio de Janeiro (1922). Fundou a Escola Portugal (1924), e mais duas dezenas de escolas com os nomes de repúblicas americanas (1923-1926), no Rio de Janeiro. Voltando para o Recife, coordenou a Reforma da Educação no Estado de Pernambuco (1928) e foi Secretário de Estado do Interior, Justiça e Educação do Estado de Pernambuco (1929-1930). Deixou a direção da Instrução Pública (1926) e depois foi nomeado diretor do Instituto de Pesquisas Educacionais (1934) e criou e dirigiu o Centro Brasileiro de Pesquisas Pedagógicas da Universidade do Brasil e foi professor universitário em várias instituições nacionais e visitante e conferencista em universidades dos Estados Unidos, França, Uruguai e Argentina. Colaborador de jornais de Recife, Rio de Janeiro e São Paulo e fundador e diretor de O Economista (1920-1927) Foi eleito (1944) para a Cadeira n. 14, sucedendo a Clóvis Beviláqua, e entre vários títulos honoríficos, foi professor emérito da Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, Doutor honoris causa pela Universidade de Paris e pela Universidade Autônoma do México, membro honoris causa de universidades argentinas e de várias instituições latino-americanas. Também foi oficial da Legião de Honra da França e da Ordem do Leão Branco da Tchecoslováquia, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do Instituto de França, da Real Academia Espanhola, da Academia das Ciências de Lisboa e de inúmeras outras associações acadêmicas internacionais. Em sua vasta obra figuraram os livros Educação (1909), O Brasil e a educação popular (1917), Os deveres das novas gerações brasileiras (1923), A organização da educação em Pernambuco (1929), O ensino das línguas vivas (1935), A sociedade rural, seus problemas e sua educação (1940), O sentido da evolução cultural do Brasil (1946), Adolescência, seus problemas e sua educação (1950) e Panorama sociológico do Brasil (1958), entre outros. Faleceu no Rio de Janeiro, aos 79 anos de idade.