Belas Artes recebe o Prêmio Darcy Ribeiro 2016
“Avaliar também” (Paulo Cardim)
A nobre missão de educar já não é mais a mesma de quando foi fundada a Academia de Belas Artes de São Paulo, em 1925. O objetivo, sim, permanece aquele de formar cidadãos e profissionais que entendam seu propósito no mundo e, com isso, consigam a realização pessoal. Mas o caminho para atingir este objetivo… ah, este mudou! Hoje, 91 anos depois da fundação e com o nome de Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, vivemos um mundo que era apenas “ficção científica” há 9 décadas. O avanço tecnológico ocasionou mudanças comportamentais, estabeleceu diferenças profundas entre gerações, criou inúmeras possibilidades e desenhou um cenário dinâmico que exige da nossa instituição um ritmo acelerado de pequenas revoluções que fazemos dentro das nossas salas de aulas, laboratórios, oficinas, bibliotecas e espaços de convivência. Essa nossa realidade não depende de uma conexão com o além-muro – ela depende da desconstrução do muro para construção de pontes que nos conectam com o bairro, a cidade, o estado, o país e o mundo. E, dentro desse contexto, o Prêmio Darcy Ribeiro de Educação 2016 chega como a comprovação de estarmos no caminho certo.
Criado para “contemplar pessoas ou entidades cujos trabalhos ou ações mereceram destaque especial na defesa e na promoção da educação brasileira”, o prêmio é concedido pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Em 2016, foram 32 indicações. No dia 22 de novembro, nosso querido Pró-Reitor, Prof. Sidney Ferreira Leite, participou da cerimônia de entrega do prêmio e, em seu discurso, conseguiu explicitar a essência do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo – ou seja, a criatividade que nos move, a inquietação que nos faz avançar e os motivos pelos quais continuamos acreditando, com absoluta convicção, que a educação deve ser generosa para poder transformar nosso mundo.
“É mais fácil governar um povo culto, cioso de suas prerrogativas e direitos, que tem nítida a compreensão de seus deveres, que um povo ignaro, indócil, sem iniciativa e inimigo do progresso”.
“O papel da instrução é preparar e formar homens capazes e úteis à sociedade; o papel do governo é fornecer meios fáceis de se adquirir a instrução, disseminando escolas e patrocinando iniciativas boas confiadas à competência e ao amor por tão nobilitante tarefa”.
Prof. Carlos Alberto Gomes Cardim
Diretor da Escola Normal “Caetano de Campos”
Educador e Inspetor de Alunos, 1909
Irmão do fundador do
Centro Universitário Belas Artes de São Paulo