(facebook – Mônica De Toledo E Silva Spegiorin a partagé la photo de José Armenio Brito Cruz)
(wilma schiesari-legris)
Palmeiras imperiais no primeiro-plano; calçada fornida de jacarandás cerrados; via estreita esperando o rasgo sobre as mansões suiças à vista dos demolidores. Lá, no ponto-de-fuga deslocado pelo progresso da estética fotográfica, a Escola Normal Da Praça; de fundos, fazendo face ao projeto da construtora Armando Maia Lello, com seus edifícios neo-clássicos, o primeiro deles já terminado…
Ainda não havia o fálico edifício Itália, mas o casarão do Circolo Italiano, estava dando “adio” aos seus jardins empalmeirados; nem o edifício Eifell, do Oscar Niemeyer, onde se instalou a Breda Turismo no térreo e o Juca Chaves num dos cobiçados apartamentos, estava ainda ali …
Prestes Maia tinha seu escritório e, provavelmente carta branca para apagar tudo: começou destruindo o Ginásio de Esportes e o Pavilhão do Jardim da Infância na Escola Normal e todo o espaço paisagístico em volta porque a rua São Luiz (com “Z”) era era estreita e precisava ser alargada e continuada por trás do prédio palacial de Ramos de Azevedo. ( deixe-me chorar…)
Levi Strauss achava que São Paulo era uma cidade que nunca ficaria pronta: sobre o que foi construído em pau a pique, em taipa, vinha a picareta, a pá e a pá de cal; em cima do que se ergueu em pedra, ferro, tijolo e cimento, a bola rompedora; nos edifícios de cimento armado, de concreto, evidenciou-se a implosão!
De tudo o que o ano de 1939 deixou aos pedaços na área em questão, sobrou a nossa Escola, truncada pelas trazeiras, amputada dos jardins nas laterais e na dianteira.
Essa história entrou por uma porta e saiu pela outra…
Quem quiser que construa outra!
Para completar o seu conhecimento, leia: http://www.historiaspaulistanas.com.br/index.php/avenida-sao-luis/
Linda foto da Rua de São Luís. Tudo indica que tenha sido tirada do alto da Biblioteca Municipal, inaugurada em janeiro de 1942. A chapa, portanto, terá sido batida pouco depois dessa data, antes da construção de arranha-céus na rua que, de lá pra cá, se tornou “avenida”.
Lamentável a nossa capacidade de destruir, em nome de algo maior como o progresso, as coisas que são verdadeiramente maior.
O casarão da direita deve ser o Laboratório Paulista de Biologia.
Queridos tres: lembram-se dos lemas “São Paulo não pode parar” e ” São Paulo, a cidade que mais cresce no mundo”?
Que arrogância a dos homens de não porem LIMITES às suas ambições…
Vemos os resultados aqui e agora, hoje, e podemos projetar outros para o amanhã, no Brasil e em qualquer outro lugar do mundo, graças as ilimitadas ambições pessoais, de classe ou de território dos detentores do poder e de seus seguidores..
Abraços friorentos, wilma.